A série foi pioneira no uso da fórmula de sucesso que é a história de um homem solitário, muito sofrido, que luta sozinho, entre vários perigos, contra um ataque terrorista. O ingrediente conquistou o cinema por que: 1) foi por demais imitada, com infinita variações, mudando apenas a localização; 2) se tornou premonitória quando sucederam os ataques de 11 de setembro, que infelizmente se tornaram uma dura realidade.
Mesmo assim, não foi má idéia trazer de volta o herói John McClane, já que Bruce Willis envelheceu bem e pouco (está até relativamente contido aqui) e a direção coube ao competente Wiseman (que acertou em duas aventuras dos vampiros "Underworld").
Na verdade, é um exuberante thriller de ação quase contínua, com cenas espetaculares (que só perdem mesmo para "Transformers").
Desde que você esteja disposto a aceitar aquilo tudo como cinema, parte da fantasia, fica divertido, já que não tem a menor lógica ou credibilidade.
Nesse caso, embarque com McClane - agora divorciado, ele tem que cuidar da filha adolescente e rebelde, vivida pela interessante Mary Elizabeth Winstead - que é agente da Policia de Nova York.
Na versão americana, o pôster do filme utiliza um grito de guerra do herói: "yippee Ki Yay Mo" (John 6:27), que francamente não havia me marcado. E o título original é uma referencia à frase lapidar do estado de New Hampshire.
Enfim, era preciso assumir a realidade de alguma forma e isso sucede na figura do vilão (o jovem Olymphant, de "Pegue ou Largue" e da série "Deadwood") que havia trabalhado na segurança dos Serviços de Internet e Computação do Governo, alertando do perigo que sofriam, necessitando de modernização e cuidados. Quando desprezado, revoltou-se e resolveu virar bandido e, como os anteriores, passou a buscar apenas lucro, ainda que para isso provocasse mortes e prejuízos. O personagem teria sido inspirado num expert em antiterrorismo Richard A. Clarke e até em Bill Gates.
McLane vai se envolvendo no caso e acaba se unindo a um jovem hacker (o simpático Justin Long) que será seu parceiro numa sucessão de aventuras, cada vez mais loucas e improváveis - uma delas com um caminhão que tenta escapar dos ataques de um avião de caça fugindo por um viaduto que vai desmoronando e outra quando eles entram na contra-mão num túnel onde não há luzes!. O fiel parceiro ajuda muito também entrando em sistemas e convocando a ajuda de um super hacker (feito de maneira bem humorada pelo diretor Kevin Smith). Outra presença marcante é da oriental Maggie Q, (atriz que já havia sido notável no último "Missão Impossível") que faz a companheira do bandido.
Não há duvida que os efeitos especiais conseguiram tornar mais eloqüentes as trombadas e desastres. Muito bem realizado, delirante, divertido, bem humorado, "Duro de Matar 4.0" funciona bem e não faz feio. Este quarto episódio da série fez uma carreira decente nos EUA, rendendo 134 milhões de dólares.
Duro de Matar 4.0
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
às
1/23/2008 01:51:00 PM
| Postado por
the marrama
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