Arte Blog do Marrama
Bombinhas é daquelas cidadezinhas calmas de Santa Catarina que cresceram na beira do mar. Aliás, até o mar é calmo. A península recortada forma mais de 20 praias, sendo que as mais procuradas pelas famílias com crianças são aquelas em que as ondas batem de mansinho, a areia é fofa e clara, a pousada fica logo ali, os restaurantes estão entre uma lojinha de artesanato e outra, tudo lá na avenida: são as praias de Bombas e Bombinhas. Outras menos movimentadas -e também muito charmosas- são Mariscal, Canto Grande e Zimbros. A moçada corre para Quatro Ilhas, onde o sol se põe no mar e as melhores ondas formam-se para os surfistas. E quem gosta de trilhas faz caminhadas entre morros e praias que duram o dia todo. A duas horas de barco, no trecho entre Bombinhas e Florianópolis, mergulhadores encontram diversão na Ilha do Arvoredo. O melhor ponto de mergulho do sul do país é cercado de vida marinha e águas claras por todos os lados -principalmente no verão, já que no inverno o vento pode deixar o mar turvo e perigoso.
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A história se repete a cada verão: argentinos, gaúchos e paranaense lotam hotéis e pousadas com seus sotaques. E aquela cidade pacata tem até trânsito nas avenidas principais, paralelas ao mar (Vereador Manuel José dos Santos e Leopoldo Zarling), e é difícil encontrar um lugar para estender a canga. Bombinhas ganha das vizinhas catarinenses no quesito "acesso". Fica 70 km ao norte de Florianópolis pela BR-101 (estrada que cruza SC pelo litoral de norte ao sul), próximo a Balneário Camboriú e Penha. E, o melhor: a rodovia já foi duplicada neste trecho -o contrário acontece ao sul de Floripa, onde ficam as Praias do Rosa e Garopaba.
Quem já sabe destas qualidades e está hospedado em outra cidade passa o dia em Bombinhas e vai embora no fim da tarde - é por isso que a entrada da cidade fica congestionada nos horários em que o dia começa e termina.
Na costa de Bombinhas, principalmente na praia do Mariscal, é forte o cultivo de mariscos e ostras -esbalde-se nos restaurantes. Quando o frio chega, os turistas vão embora, a cidade pára, e quem corre para a beira do mar são os pescadores. De maio a agosto, época da tainha, é hora de observar o mar, esperar o cardume chegar e jogar as redes de pesca. É quando os restaurantes servem pratos deliciosos e frescos do peixe assado, às vezes recheado de ovas, às vezes escalado (salgado e assado), para delírio dos corajosos que enfrentam o vento e o frio do litoral para esperar a tainha que vem do sul procurando águas mais quentes.
Como Bombinhas não fica na Bahia nem no Ceará, onde o Sol brilha em qualquer época do ano, acompanhe a previsão do tempo e saiba que o outono e o inverno costumam respeitar o calendário -e céu nublado não é lá tão fotogênico. Muitas pousadas e restaurantes até fecham nestes meses. A alta temporada, a dos preços altos e sol certeiro, é bem definida: verão. As diárias caem bastante antes do Ano Novo e depois do Carnaval -e o calor ainda reina.
Edição: Blog do Marrama
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